Ninguém tem garantia do amanhã. Imagine-se caminhando no deserto. Não adianta apenas ter disciplina e determinação para encontrar um oásis; você precisa beber água quando seu corpo pede.
Dispenso, a partir de agora, o título de bonzinho e me determino a me manter honesto, digno e ético, mas jogando com as regras do jogo que está sendo jogado no aqui e agora. Isso significa que não vou trapacear, mas vou jogar como todos estão jogando, não sob as regras ensinadas aos ditos bonzinhos.
Aprendi que tenho que viver intensamente e plenamente o hoje, pois é o único momento que existe. Quem vive do passado inerte ou do futuro incerto está fora da realidade. Então, que seja já, de forma ampla e irrestrita, o que tenho que fazer e ser.
Tenho que me tornar forte e capaz se minha intenção é acolher quem de mim depende. É improvável que um tomate tenha vigor e força para proteger e cuidar da sua família de tomatinhos frente a uma avalanche de cocos.
Não quero mais deixar que me convençam a pegar amanhã o que me cabe. Uma oportunidade nunca se perde. Alguém vai pegá-la. Então, que seja eu.
Vou me ocupar, de corpo, mente e espírito, na construção de um mundo melhor para mim, onde seja possível viver plenamente feliz, sem deixar de facilitar a vida de outras pessoas. Contudo, quero minha parte agora que estou presente para usufruí-la. Quero o que me cabe, nem mais nem menos, mas quero agora.
Não me abato mais com as críticas alheias sobre meus pensamentos e comportamentos. Concluí que, se elas chegam até mim, é porque a fonte está próxima, vindo de um lugar onde não quero mais estar. Não é necessário tampar a panela de ferver caranguejos. O que está embaixo puxa para dentro o companheiro que está quase escapando da panela. É assim que as críticas funcionam.
Estou decidido: não quero que embrulhem para viagem. Vou comer, e vai ser agora. E você, vai fazer o que depois de ler este texto, assumir sua autonomia ou permanecer na dependência?
Sergio Naguel
Chefe de treinamento vivencial corporativo
