A educação de adultos, ou Andragogia, foi definida pela primeira vez por Malcolm Knowles na década de 1920. Diferente da pedagogia, que se concentra no ensino de crianças, a Andragogia foca nas necessidades, experiências e motivações dos adultos. Este post explora as diferenças entre essas abordagens, os seis pilares da Andragogia e como aplicar esses princípios usando a dança circular como protagonista em dinâmicas de grupo humanizadas nos treinamentos corporativos.
Diferenças entre Andragogia e Pedagogia
A Pedagogia é tradicionalmente direcionada a crianças e jovens, com um ensino centrado no professor, onde o aluno é visto como um receptor passivo de conhecimento. Em contraste, a Andragogia vê o adulto como um indivíduo autônomo, ativo e com uma rica bagagem de experiências. Na Andragogia, o papel do educador é facilitar a aprendizagem, criando um ambiente onde os adultos possam compartilhar e aplicar suas experiências.
Seis Pilares da Andragogia
1. Necessidade de Saber: Adultos precisam entender o propósito de aprender algo antes de se engajar no processo de aprendizagem. Eles buscam relevância prática e imediata em suas vidas.
2. Autoimagem do Aprendiz: Os adultos se veem como autônomos e responsáveis. A aprendizagem deve respeitar e reforçar essa autoimagem.
3. Experiências Prévias: As experiências dos adultos são um recurso valioso na educação. As práticas andragógicas devem integrar essas experiências como uma base para novos conhecimentos.
4. Prontidão para Aprender: Adultos estão prontos para aprender quando percebem que o conhecimento é necessário para enfrentar desafios reais e imediatos.
5. Orientação para a Aprendizagem: A aprendizagem de adultos é orientada para a resolução de problemas e tarefas, com foco em competências práticas.
6. Motivação para Aprender: A motivação intrínseca, como a satisfação pessoal e a auto-realização, é um motor mais poderoso para os adultos do que recompensas extrínsecas.
Praticando a Andragogia com Dança Circular
Para aplicar a Andragogia eficazmente em treinamentos corporativos vivenciais, a dança circular pode ser um ingrediente protagonista na criação de dinâmicas de grupo humanizadas. A dança circular, com suas raízes em tradições culturais e sua capacidade de promover conexão e empatia, alinha-se perfeitamente aos princípios andragógicos. Aqui estão algumas práticas:
– Criação de um Ambiente Seguro: Inicie a sessão de treinamento criando um espaço onde os participantes se sintam seguros para expressar-se e compartilhar suas experiências. Isso respeita a autoimagem dos adultos como indivíduos autônomos.
– Integração de Experiências Pessoais: Incentive os participantes a compartilhar suas histórias e experiências a medida que os comportamentos forem surgindo Isso valoriza suas experiências prévias e as integra ao processo de aprendizagem.
– Relevância Prática: proponha uma sequência de dinâmicas de forma que reflitam situações do dia a dia corporativo, ajudando os participantes a verem a relevância prática das atividades.
– Enfrentamento de Desafios Reais: Utilize as dinâmicas para simular desafios e problemas que os participantes enfrentam no ambiente de trabalho, promovendo a prontidão para aprender e resolver problemas.
Ao incorporar a dança circular como um dos ingredientes na formulação de dinâmicas de grupo, não só respeitamos os princípios da Andragogia, mas também humanizamos e enriquecemos o processo de aprendizagem, além de transformar os treinamentos corporativos em experiências que realmente ressoem com as necessidades e experiências dos adultos.
