Imagine um balde cheio de furos. A cada vez que se enche de água, o líquido escoa rapidamente, deixando o balde vazio em pouco tempo. Este balde simboliza a mente dos participantes de treinamentos corporativos: absorvem conhecimento durante as sessões, mas, sem a devida revisão e aplicação, esse conhecimento se esvai com o tempo, deixando pouco ou nada para trás.
Participar de um treinamento corporativo é um investimento significativo, tanto em termos de tempo quanto de recursos financeiros. Empresas destinam orçamentos consideráveis para capacitar seus colaboradores, acreditando que essa formação resultará em maior eficiência, inovação e competitividade.
No entanto, sem que os participantes revisem e pratiquem o que aprenderam, todo esse investimento vai se transformar em desperdício.
A volta à rotina de trabalho após o treinamento se torna o maior vilão nesse cenário. A rotina intensa e as urgências do dia a dia fazem com que os colaboradores não consigam ou não priorizem a revisão do conteúdo aprendido.
Sem essa revisão e prática constante, o conhecimento adquirido começa a desvanecer. As informações que poderiam ter levado a melhorias significativas nos processos e resultados acabam se perdendo, e o treinamento, que deveria ser um ponto de virada, torna-se apenas mais uma atividade cumprida.
Refletir sobre esse ciclo de desperdício é crucial. Não basta apenas participar de treinamentos; é necessário adotar uma postura ativa de aprendizado contínuo.
As organizações que investem tempo e dinheiro, precisam criar ambientes que incentivem e facilitem a revisão e a aplicação do conhecimento.
Espaço consagrado à leitura e formulação de relatórios de aprendizado, grupos de estudo e projetos práticos de formação de agentes multiplicadores do aprendido são excelentes ferramentas para garantir que o conhecimento não se perca, mesmo que dentro das urgências e prazos de entrega dos serviços. É difícil, mas precisa ser possível.
É fundamental reconhecer que o verdadeiro valor de um treinamento não está apenas em comparecer às sessões, mas em integrar o que foi aprendido ao cotidiano profissional.
Assim, transformamos o balde com furos em um recipiente mais sólido, capaz de reter o conhecimento e, consequentemente, gerar os frutos esperados do investimento feito.