Vivemos em um ambiente corporativo onde a produtividade e os resultados imediatos são altamente valorizados. Este “mundo do resultado” transforma a educação e o desenvolvimento profissional em ferramentas para aumentar a competitividade, priorizando certificações e habilidades práticas. Nesse contexto, práticas inovadoras como a dança circular frequentemente enfrentam resistência.
Por que isso acontece?
1. Foco em Resultados Tangíveis: A ênfase está em atividades que demonstram resultados imediatos e mensuráveis. A dança circular, que promove conexão humana e bem-estar emocional, é vista como menos diretamente relacionada à produtividade.
2. Cultura de Competitividade: Ambientes competitivos podem subestimar atividades que incentivam a cooperação e a harmonia.
3. Percepção de Inadequação: Práticas não convencionais são frequentemente vistas como inadequadas para treinamentos corporativos.
4. Desconhecimento e Preconceito: A falta de familiaridade com os benefícios da dança circular pode levar à rejeição.
5. Pressão por Conformidade: RHs podem sentir-se pressionados a aderir a práticas estabelecidas e convencionalmente aceitas.
Esses fatores revelam uma dinâmica onde a educação e o desenvolvimento profissional são instrumentalizados, com foco quase exclusivo em resultados e desempenho. A educação continuada é percebida como um meio para alcançar objetivos específicos, muitas vezes econômicos ou de carreira, em vez de ser um processo de desenvolvimento pessoal e intelectual. A mentalidade competitiva prevalecente transforma relações de trabalho em batalhas constantes, minando a colaboração e a construção de um ambiente de trabalho saudável.
A resistência à dança circular reflete uma cultura que valoriza resultados tangíveis e imediatos, muitas vezes à custa do bem-estar e da conexão humana.
Essa análise nos leva a refletir sobre a necessidade de equilibrar a busca por produtividade com práticas que promovam a saúde mental e a cooperação no ambiente corporativo. Este tem sido o meu trabalho nas empresas desde 2008: promover a saúde mental e a cooperação no ambiente corporativo.